FALA... BRÍCIO!!!!!

Fabrício Araújo: 24 anos, graduando em Serviço Social pela UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO.


" ...TEM ALGUEM LEVANDO LUCRO, TEM ALGUEM COLHENDO FRUTO, SEM SABER O QUE É PLANTAR... TÁ FALTANDO CONSCIENCIA, TÁ SOBRANDO PACIÊNCIA, TÁ FALTANDO ALGUEM GRITAR. "

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012



PARTICIPAÇÃO POLÍTICA – DA EXCEÇÃO À BANALIZAÇÃO
 DA FALTA À FALTA DA FALTA
FABRÍCIO ARAÚJO, 2012


É verdade que nas sociedades de Sócrates e Platão a cidadania era um privilégio dado aos jovens nobres, homens puros e limpos, não escravos e sem compromissos financeiros, ou seja, livres para as atividades matinais do pensamento político na Ágora. Porém, desta experiência nasceu o conceito de participação e o conhecimento de que somente com participação é possível se alcançar a cidadania. Fazer parte daqueles que se reuniam para discutir as coisas da vida, dos homens e da polis, era o exercício fundamental para se compreender quem eram os cidadãos, ou os indivíduos dignos deste título.
Porém as relações humanas seguem sempre um caminho ascendente, evoluindo de forma a se ampliar, generalizar, humanizar e universalizar. A cidadania passou a constituir num valor universal bem quisto e perseguido por todos. Nos governos totalitários, ditaduras, Estados de exceção a cidadania é ferida nos seus princípios mais básicos: valor democrático e liberdade. Desde a experiência clássica a liberdade é um elemento fundamental para que um indivíduo obtenha de fato a cidadania. A participação nos espaços de discussão e deliberação popular só se viabiliza pela liberdade, incluindo a emancipação econômica preconizada pelo Velho Marx.
A conquista da cidadania, liberdade e democracia universal é um advento das sociedades modernas. A luta pelos direitos civis, sociais, políticos e humanos enfrentou a ira e a tirania de governos ditatoriais. A cidadania neste contexto passou a ser um tesouro perseguido com bravura por militantes idealistas da democracia, que enfrentaram exércitos, policia de Estado, tortura, exílios, sequestros e mortes. Mesmo no regime de exceção, de negação da liberdade de expressão, de organização, de representação e de participação os movimentos sociais se organizaram para a luta contra as ditaduras. No Brasil estudantes, classe artística, mulheres e trabalhadores deram a vida pela causa da cidadania. Os direitos de ir e vir, de votar e de ser votado, de se expressar, de se organizar politicamente, de emitir opinião publicamente. Eram  os objetos da existência dos cidadãos escamoteados pelo regime autoritário, a causa de vida dos militantes da democracia.
As ditaduras militares utilizaram da força física para impor seu poder e sua hegemonia aos povos dominados. O uso legítimo e exclusivo da força física é elemento constituinte de um Estado, segundo Max Weber. Porém Pierre Bourdieau nos mostrou outra forma de poder que o Estado conquista legitimamente seu uso hegemônico, o poder ideológico. Para Marx, ideologia é o instrumento pelo qual a classe dominante dissemina seu ideário à sociedade, conquistando desta forma a hegemonia pela cultura, pela sociabilidade, pela manipulação do pensamento da massa, com a naturalização dos fenômenos sociais como desigualdade, pobreza e miséria. O aparelho do Estado burguês age de forma determinante e anterior à formação da consciência dos indivíduos adequando-os ao ideal do sistema capitalista. A massa entrega-se à exploração do seu trabalho pelo capital de forma involuntariamente natural e resignada.
Os fins dos Estados mantêm-se os mesmos, manutenção do ordem socioeconômica de dominação da classe burguesa sobre a classe trabalhadora, concentração dos meios de produção nas mãos da classe dominante, adensamento das riquezas nacionais na elite capitalistas e extraordinária exploração do trabalho humano a fim do acúmulo de capital econômico e da produção e comercialização em grande escala, principalmente internacional, de bens de consumo.
A cidadania nas sociedades capitalistas é um fetiche. Atribui-se à ela a resignação da condição precária de vida e ao trabalho de forma inconsciente, desvalorizado, desregulado, explorador e     alienado, alienante e alienador (M. L. Martineli). Embute-se à cidadania conceitos espirituais como fazer o bem ao próximo, respeitar os vizinhos e não jogar lixo no chão. A participação política de forma autodeterminada, como sujeitos emancipados, protagonistas da própria atuação na sociedade e portadores de direitos, iguais nas oportunidades, condições e escolhas, como Guillermo O’Donell defende em sua Teoria Democrática, é banalizada, o Estado oferece uma liberdade tola, sem nexo, sem sentido, banal, sem direção, sem porque e nem pra que, fazendo com que os indivíduos se esqueçam dos verdadeiros princípios da cidadania, vivendo num mundo cuja causa existencial do homem é o consumo de bens materiais, a busca capitalistas por lucros cada vez maiores e dominação política, social, econômica e cultural sempre e sempre mais hegemônica, incontestável, inquestionável e mais importante, invisível a visão humana.
O Estado de Bem Estar Social, as políticas compensatórias dos Estados contemporâneos, que conseguiram unir o populismo assistencialista à dominação legal, tradicional, carismática e ideológica das populações tornam, segundo Pedro Demo, a população em estado de pobreza política é aquela conformada com seu estado de alienação e de ignorância. Aquele que é convencida ideologicamente e materialmente a se desmobilizar, desorganizar, desunir. Aqueles que se isolam, que segundo Mário Cortella e Renato Janine são o idiotes, aqueles que renegam a dimensão política da vida e suas vidas se resumem nas paredes da privacidade.
Vivemos contemporaneamente o colapso político do excesso da ausência, a falta da falta, segundo Marina Silva, algo está errado (eu diria muita coisa está)  quando ninguém sente falta de nada. Tudo parece natural, a banalização da vida e a naturalização do estado de opressão e exploração de uma classe sobre outra torna-se algo culturalmente inquestionável e invisível. Se nos regimes autoritários os adversários estavam à mostra, no Estado de dominação cultural e ideológica não, Mario Cortella nos lembra que “os jovens das ultimas décadas nunca tiveram (nunca enxergaram) um horizonte adversário, [...] falta-lhes utopias”. Neste cenário, os governantes e parlamentares, instituídos representantes do poder e da lógica do capital no aparelho estatal tratam de banalizar o exercício dos direitos políticos, a fim de causar na população o sentimento de repulsa aos mesmos.
A curva na história política do homem, no que diz respeito à questão da cidadania mantém seu percurso de evolução. Porém, como nos afirmam Cortella e Janine a evolução é o processo natural da vida humana, que pode em muitas oportunidades representar uma evolução para óbito. As sociedades que lutaram por cidadania, liberdade e democracia, perderam-se no curso da história embriagadas pelos ideais e pelas benesses materiais e imediatistas da lógica do capital. Os povos marginalizados, excluídos de todos os direitos, dos mais básicos que se possa imaginar tornaram-se vilões de suas próprias desgraças. Assim o Estado mostra-se, como a instituição responsável por caçar o direito à cidadania dos povos, seja pela exclusão nas sociedades clássicas, seja pela repressão dos estados modernos ou pela manipulação cultural e ideológica na contemporaneidade. O homem é um ser político, dotado de capacidade racional, capaz de pensar a organização da vida coletiva de forma justa, democrática, fraterna e igual para todos. O roubo da capacidade política humana em sua essência significa o roubo do homem de si mesmo e por si próprio. Estranhar-se diante do natural, eis a capacidade básica e primitiva do homem que já nos falta e que é preciso urgentemente recuperarmos. 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A questão dos Royalties e o exemplo de Minas Gerais

O Brasil está presenciando um debate fervoroso sobre a nova divisão dos royalties do petróleo, entre estados produtores e não produtores, aprovada no congresso mês passado.
Primeiro que precisamos superar a visão separatista que embala os movimentos dos estados produtores, antes de um bem natural estar num determinado estado da federação, ele é um bem do país, ou seja, de todos nós. Vejo com otimismo a iniciativa da divisão da riqueza natural do Brasil com todos os brasileiros, principalmente com os estados mais pobres.

O que não entendo é a postura da bacada mineira, o deputado federal Antonio Roberto do PV fez seu pronunciamento sobre o caso:


 “O projeto legitimamente aprovado no Congresso teve como objetivo reestabelecer critérios de justiça social, de desenvolvimento equilibrado e sustentável e de iguais oportunidades para todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de privilégio, acordo político ou distinção”. 



Porém, apesar de defender "critérios de justiça social, de desenvolvimento equilibrado e sustentável" da sociedade brasileira, a bancada mineira tem sido por décadas omissa sobre a questão da exploração das jazidas de minério no estado de Minas Gerais. Aqui na terra de JK prestamos um serviço praticamente gratuito ao capital externo, servimos ainda, como na época do descobrimento e da colonia, aos interesses do sistema internacional de exploração e expropriação do outro, a fim de manter privilégios e um estado de coisas permeado pela desigualdade e por interesses privados de minorias dominantes.

O fato real é que Minas Gerais entrega, praticamente de graça: à 0,06% do valor líquido do minério mineiro aos exploradores internacionais, empresas privadas, que nos levam nossas riquezas naturais não renováveis e deixam apenas os prejuízos dos terrenos explorados e escavados até a ultima pedra, desertos, sem vida, sem riqueza, sem futuro pra ninguém. Minas deixa de arrecadar, por não agregar valor real ao seu minério, 20 bilhões de reais ao ano, o que nos permitiria desenvolver uma politica estadual de educação básica e superior de primeiríssimo mundo. Um sistema de saúde extremamente eficiente e uma divisão social de riqueza produzida no estado de forma justa e igual para todos.

Ver os deputados federais e senadores mineiros esbravejando pelos royalties cariocas e capixabas e fazendo vistas grossas ao caso mineiro é no minimo uma testemunha de atuação hipócrita e demagoga no parlamento brasileiro.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Uma Proposta Futurista.


Creio que o pensamento político daqui pra frente precisará romper com a dicotomia clássica entre esquerda e direita, comunismo ou capitalismo, liberalismo ou socialismo. Mas não no sentido anacrônico que vemos hoje, de uma convergência pragmática que patrocina a ruína programática e ideológica. Não um pensamento interideológico, mas sim extra e supraideológico, uma ideia que seja capaz de reunir pontos flexíveis e positivos de cada polo do pensamento político global e convergi-los a serviço de uma lógica que priorize o desenvolvimento humano. Assim, o industrialismo, a sustentabilidade, o ruralismo, o desenvolvimentismo não serão mais a causas das transformações, mas consequências previstas e devidamente administradas tendo como pano de fundo o desenvolvimento humano dos povos.
Para isso será preciso uma revisão racional, sem paixões polarizadas, sem julgamentos de juízo conceptivo, para que possamos humildemente e com hombridade reconhecer nos clássicos e nas releituras instrumentos inovadores, de então, e perfeitamente viabilizadores de uma nova ordem política, social, econômica, cultural e ambiental.
Assim, precisaremos rediscutir temas básicos para realicerçarmos uma nova ideia política. Para instaurarmos uma nova ordem política, social e econômica, precisaremos reconceber visões modernas do que é o ser, o ser humano, o trabalho, a cidade e a cidadania, a política, o Estado e assim atualizar nosso entendimento sobre o Direito a liberdade e os fatos (os fenômenos). Precisaremos repensar a lógica governista para além do debate democrático e por isso mesmo reconsiderarmos nossa compreensão do que seja a democracia.
E após compreendermos a dimensão ontológica do ser humano, poderemos partir para a lógica futurista de valorização da dimensão espiritual do homem, mas jamais em detrimento da dimensão física e material, que é secundária, mas que também é importante. Para que então tenhamos fundamentos e legitimidade para instaurarmos uma cultura de superação da fragmentação social comunitária pelas classes, de fato existentes, de compreensão mais aproximada e encampada por cada indivíduo de sua dimensão política de forma consciente e assim voluntaria e protagonista. De fortalecimento e disseminação dos compostos fundamentais da democracia, da construção, por conseguinte, de uma ordem estamental e socialmente voltada para o desenvolvimento espiritual do homem, de suas faculdades mentais, de sua intelectualidade, do desenvolvimento de seus dons naturais, perpassando em todos os momentos pela ciência, religião e filosofia do futuro. Superando a falácia liberal e privatista.
Nossa nação será a grande nação do planeta quando almejar e conquistar uma liderança inédita, a liderança do desenvolvimento humano, construída com bases numa nação ideologicamente flexível e madura e ativamente participante. Para tanto, não precisaremos partir do zero, num movimento ultrapassado de negação de tudo o que já se pensou e se fez e viveu no planeta até aqui, mas sim com um olhar humildemente mais amplo, caridoso e atento será possível reunirmos um caudal ideológico para a fixação de um forte ponto de partida.
É possível e necessária uma escola de pensamento político que supere o conservadorismo, que voluntariamente ou não,  impede a evolução intelectual e da dimensão política de nossa nação. Que vença o messianismo e o puritanismo arrogantemente predatórios e que responda ao anarquismo que banaliza e que renega a própria história do homem.
O grande desafio do pensamento político futurista será manter-se fiel as suas próprias bases mais simples e profundas, algo inédito na história global do pensamento político.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

NO CIRCO... O SHOW NÃO PARA!

Mais novidades no show de horrores da velha politica uberabense. Duas notícias importantes que envolvem os dois principais partidos da disputa à prefeitura de Uberaba.
Constrangido pelo envolvimento de João Franco no caso da Home Care, que foi autorizada pela prefeitura de Uberaba à tomar posse de todo estoque sem inventariar o patrimônio que é público. Fahim Sawam foi forçado a trocar de vice, no lugar escolheu uma representante do governo estadual frente à educação, a professora e superintendente regional de ensino Vânia Célia Ferreira, do PSDB. 

Já no PMDB a confusão é bem maior, envolve dois caciques de peso, que estão numa queda de braço desde o inicio do ano, a justiça deu uma vitória ao prefeito Anderson Adauto, anulou a intervenção dos caciques do diretório estadual e reconheceu a convenção municipal de deu a vitória à Rodrigo Matheus.

Se eu fosse adversário do PMDB nesta disputa estaria um pouco mais aliviado, Rodrigo Matheus terá dificuldades para emplacar seu nome no meio do processo eleitoral. Não tem popularidade e seu perfil não agrada ao povão, se conseguir manter o mesmo vice: Almir Silva, pode ajudar a solucionar seu cronico elitismo.

Em meio à tantas brigas, quem deve se beneficiar é o candidato petista Adelmo Leão, que não está no meio dos problemas, terá o apoio de Lula e Dilma e poucos problemas a responder durante o processo. Se a chapa do PPS, Edson e Leuces, souber fazer uma campanha diferenciada e criativa, também poderá se aproveitar e sonhar com o segundo turno. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O VALE-TUDO NA TERRA DA FARINHA PODRE

A política em Uberaba, não difere da feita nos rincões mais ultrapassados do Brasil, tão sujo e vil quanto as artimanhas kassabistas e seu ridículo PSD quanto a velha política de ACM e Sarney. Aliás a escolinha vem por aí mesmo.

Do mesmo partido de Sarney, Jader Barbalho e Renam Calheiros, o advogado dos ruralistas Paulo Piau reunirá em seu grupo de apoio partidos como PP de Maluf e o DEM do clã Sarney, resistentes da queda da ditadura, somados ao PC do B de Aldo Rebelo, outro ferrenho defensor dos interesses do agronegócio. Assim como os caciques tucanos Anastasia e Aécio passam por cima de seus próprios correligionários para impor suas vontades infiéis. Pra piorar, Fahim Sawam, do PSDB, em Uberaba se une à João Franco, um legítimo representante da velha política ruralista e zebuína da terra da farinha podre.

É o vale-tudo do atraso político de Uberaba. O que há de mais antigo, velho e ultrapassado é a moda por aqui. O pior não é ver a classe política agir dessa forma, o pior é ver pessoas com histórico de militância cívica seguindo o mesmo caminho reacionário, o mesmo projeto de manter a ordem feudal e oligarca da terrinha, manipulando o discurso da sustentabilidade colocando-o a serviço do mesmo sistema vil de sempre, que sempre devastou e arrasou a fauna e a flora mundo à fora. Os tratores se pintam de verde e tem gente disposta à regar essa mentira. 


O futuro político de Uberaba, olhando por este cenário é uma tristeza só! A vontade que dá é de mudar de cidade, mas agente segue na luta pra mudar a cidade.


O sistema ruralista que domina Uberaba desde sua fundação vem pro pleito majoritário com 5 legítimos candidatos, que se matarão pra ver quem ajoelhará diante a batuta mestra dos grandes produtores e empresários, dos grandes caciques partidários de Minas e Brasil à fora, lobos velhos e aprendizes se revezarão, numa cena de horror, pobre, despolitizada como sempre, apelativa, quem terá o maior comitê, ou quem fará a campanha mais colorida? quem irá jogar mais santinhos no chão e nos bueiros? Quem fará mais barulho? Basta ver tem terá a maior arrecadação das grandes empreiteiras construtoras, usinas e grandes produtores. 


O povo que vota como come, com os olhos, ou muda de óculos ou vai continuar como vaquinha de presépio, sendo explorado por meia dúzia de coronéis, sem pensar, sem direitos, vivendo de migalhas jogadas pelos Reis para acalmar os bêbados do centro da cidade.


"Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague" 
Chico Buarque 

terça-feira, 3 de julho de 2012

Sonhos de Ícaro em Uberaba/MG


Hoje o Jornal da Manhã, principal jornal da minha cidade: Uberaba, MG, trouxe-nos o cenário eleitoral para a disputa deste ano à prefeitura: o deputado federal Paulo Piau parece ter confirmado sua força sobre o atual prefeito e impôs, até o momento, sua candidatura pelo PMDB. O ex-deputado Fahim Sawan, do PSDB, confirmou sua candidatura mesmo contra a vontade dos principais caciques de seu próprio partido, o governador Augusto Anastasia e o senador Aécio Neves. O deputado estadual Lerin também será candidato, por enquanto, pelo PSB e tem o apoio dos caciques tucanos (infidelidade partidária? trabalho pra justiça eleitoral). Pelo PT o deputado estadual Adelmo Carneiro Leão. O professor Wagner Jr. acertou sua candidatura pelo PTC e o radialista Edson Santana seguiu firme e vai pra disputa pelo PPS.

Claro que este cenário está cheio de idas e vindas, à começar pela ausência da (ex)frente de esquerda de Uberaba que estava composta pelos partidos: PSTU, Psol e PCB, porém a incapacidade de entendimento entre eles mesmos inviabilizou a participação do grupo nas eleições. É o que eu digo sempre, radicalismo demais nunca leva ninguém à nada, agora como diz o filosofo Mario Cortella: "os ausentes nunca tem razão", e a esquerda uberabense muito menos depois desta lambança. 

No PMDB uma guerra pelo poder, o deputado federal Paulo Piau não tem o apoio do atual prefeito Anderson Adauto, também do PMDB. O que possivelmente levará o prefeito à dar apoio ao candidato do PT: Adelmo Leão. Falando em infidelidade partidária, o PSDB vai pra disputa com o ex-deputado estadual Fahim Sawam, mesmo com os principais cabos eleitorais do partido: Anastasia e Aécio, prometendo apoio ao deputado estadual Lerim, do PSB. O fato é que PMDB e PSDB entram divididos na disputa e claro terão que responder à isso à todo momento. Quem pode se beneficar, à princípio são os candidatos periféricos: Adelmo Leão do PT que tem o apoio do prefeito, e Lerim do PSB, que tem o apoio do governador e do senador Aécio Neves. E sempre correndo por fora estarão Wagner Jr. que vai apostar no legado de sua familia: Wagner (pai) e Isabel do Nascimento (mãe) para emplacar seu projeto e o jornalista Edson Santana que tentará emplacar seu lugar como terceira via pelo PPS, partido importantíssimo na base do governo estadual.

Nota-se neste cenário o voo de novas personagens no cenário político de Uberaba, destaque, é claro, para o deputado estadual Lerim, que acaba de se eleger deputado estadual após cumprir metade de seu mandato de vereador. Outro nome de destaque entre os "novatos" é o do vereador pelo PR: Almir Silva, dono de grande prestígio na cidade, ele cumprirá seu mandato até o fim e será o vice na chapa do PMDB de Piau. A grande novidade é a servidora publica filiado ao PSL Luciene Fachineli, que faz dobradinha com o velho de guerra Adelmo Leão, mas que se perder não promete novas aparições nas disputas seguintes, é mais um arranjo imediatista do que uma aposta futurista  Mas os grandes destaques ficam mesmo para Wagner Jr. e para a chapa do PPS composta por dois novatos: Edson Santana e o advogado Leuces Teixeira.

Deste cenário podemos fazer algumas conclusões sobre os novatos: Lerim abandonou seu mandato de vereador, para o qual foi eleito em 2008, e à reboque do velho Cordeiro se elegeu deputado estadual, e agora mal assumiu sua cadeira e já se lança à prefeito. Seu voo não é solo, está sempre à reboque do cacique do PSD, o deputado federal e ex-prefeito de Uberaba: Dr. Marcos Montes. O deputado sempre teve um grupo de jovens na sua base, mas nunca se preocupou em formar e lançar novas lideranças, viu no ex-vereador um produto pronto e se empossou do mimo, assim ele transformou Lerim, em um novo que representa o velho e a velha política oligarca de Uberaba. Outro que vai se encaminhando nesta direção é o vereador Almir Silva, que já tem no ninho a influencia do velho lobo Aelton Freitas, deputado federal pelo PR e ex-senador, que se junta ao velho de cena Paulo Piau, deputado estadual por mais de 10 anos e deputado federal por 8 anos. O voo de Aelton, que tinha tudo para ser um pouco independente, vem também a reboque de dois velhos caciques, mais um novo que representa o velho. Falando em vir a reboque do passado, Wagner Jr do PTC entra na disputa apostando na imagem de sua família na cena politica de Uberaba, seu pai Wagner Jr é considerado o primeiro prefeito do povão da história da cidade, talvez até mesmo o único, sua mãe Isabel do Nascimento esteve com Anderson Adauto e depois de ensaiar um voo solo em 2008 se juntou a Fahim Sawam, inimigo político do ex-companheiro AA, formando a dobradinha derrotada naquela oportunidade. A despeito disso Isabel conseguiu manter a boa imagem do Clã Nascimento em Uberaba que Wagner Jr tenta manter. Se ele não vem a reboque de nenhum cacique politico de Uberaba, também não fará força para se desvincular do passado politico de seus pais. Quem faz voo totalmente livre e independente é a dupla do PPS: Edson Santana e Leuces Teixeira, não vêm à reboque de nenhum cacique e certamente serão dois nomes para a composição do futuro politico da cidade, de forma inovadora e independente, tentam romper o conservadorismo que arruína nossa cidade e apresentar novas opções. Porém o PPS tem um compromisso muito grande com o governo do estado, provavelmente a dupla não poderá criticar o governo do PSDB e se não chegarem ao segundo turno, deverão seguir as ordens dos caciques tucanos, mesmo independentes na disputa, devem obediência ao governo do estado, apesar de provavelmente não receberem nenhum apoio do governador, mais que isso, se Lerin é o candidato do governador, Edson provavelmente deverá controlar suas críticas ao oponente do PSB. 

A dobradinha Fahin e João Franco (PSDB + PDT) não traz nenhuma novidade, claro que Fahin ainda pode ser considerado uma opção para o futuro politico da cidade, mas seu histórico é de antiga parceria com o cacique Marcos Montes e seu novo aliado João Franco é um legítimo representante do que há de mais atrasado e antigo na política oligarca e ruralista de Uberaba, Fahin pode ter um discurso de independência aos governos municipal, estadual e federal, mas seu projeto foi indubitavelmente alienado à velha política zebuína de Uberaba. 

EDSON SANTANA e LEUCES TEIXEIRA, essa é a dupla na qual eu apostarei, talvez não para vencer esta disputa contra tantos lobos velhos e aprendizes obedientes, mas como um novo grupo que comporá o futuro politico de Uberaba com qualidade e ideias novas. Para fugir do conservadorismo e da velha politica oligarca e ruralista de Uberaba, são a unica opção de verdadeira mudança estrutural em Uberaba, os demais são mais do mesmo, novidade nenhuma, são representantes de um mesmo projeto: manter as bases da prosaica politica uberabense de exploração de toda população trabalhadora de Uberaba pela elite zebuína, da soja e agora também da cana. Manter o poder nas mãos dos mesmos e servir aos de sempre.

Assim, entre tantos voos de sonhos de Ícaro, parece que Lerin, Almir e Luciene mantém asas de cera, podem chegar ao sol, mas terão suas asas derretidas e o tombo pode ser feio. Para a dupla do PPS a decolagem pode ser difícil, mas o futuro é extremamente promissor. 

fonte da noticia citada e imagem: http://jmonline.com.br/novo/?noticias,6,POLITICA,64676

segunda-feira, 21 de maio de 2012

sábado, 14 de abril de 2012

O PARTIDO DA CORRUPÇÃO


A Folha de SP deste sábado (14/04) em seu editorial levanta uma discussão bem interessante, traz a ideia de que no Brasil (quase) todos os partidos políticos estão diretamente ou indiretamente envolvidos em escândalos de corrupção. PT, PSDB, DEM, PMDB, PR, PTB, PDT, PV... e por aí vai uma lista imensa de acusados, de "sangue-sugas", "mensaleiros", "panetones", etc... como se a comunidade política brasileira na verdade em sua grande maioria formasse um só partido, O PARTIDO DA CORRUPÇÃO, uma comunidade imensa, que reúne não partidos, mas também empresas e empresários, agentes públicos, Lobistas, contraventores, atravessadores, sem contar é claro em órgãos de imprensa, do judiciário, do terceiro setor. 

Porém, à luz de Antonio Gramsci que já havia revelado que todos os indivíduos de um Estado ou não que compartilham da mesma ideia, estando ou não filiados a um partido, na verdade formam um partido imenso, uma grande comunidade, ou melhor, uma parte da sociedade de se converge num ideal. Este ideal que congrega uma parcela, uma facção, da sociedade, é chamado por Gramsci de Estado-Maior (condição suprema) do partido, (veja: partido e não partido político).

No Brasil, este partido,  O PARTIDO DA CORRUPÇÃO, é gigantesco, é formado por todos aqueles que voluntariamente ou não compactuam no seu dia-a-dia, nas coisas mais simples da vida, aquela corrupção(zinha), que ninguém está vendo, (fazer xixi no poste, ou assinar o caderno de ponto após ter faltado, dar um troco à menos ou receber à mais e não devolver, enfim...) todo brasileiro que compartilha deste hábito corrosivo e parasitário então, à luz de Gramsci, compõem este grande partido. Aquele médico que inventa paciente, ou aquele "paciente" que inventa médico (atestado), aquele empresário que inventa desconto na folha de pagamento, que se esforça pra achar nas brechas da lei trabalhista formas de se dar bem às custas dos trabalhadores, percebe? Para Gramsci o partido é o Moderno Príncipe, pois é ele quem congrega em sua bases grande parte de ideal emanado do povo, da sociedade, sua cultura, seus hábitos, seus interesses, necessidades e prioridade, já sabemos que o congresso é reflexo direto da sociedade. 

Claro! Tem um partido que eu creio, é muito maior, o partido daqueles brasileiros que trabalham, vivem e convivem com respeito aos indivíduos, às leis, com civilidade, com humanismo. Um grande partido, não do bem, mas dentro das leis, todas que você pensar, de toda natureza, gente boa, gente como agente.

Perceba que O PARTIDO DA CORRUPÇÃO, este imenso grupo de nossa sociedade é formado por aqueles que são mais egoístas do que generosos, geralmente pelos mais ganancioso e inescrupulosos, aqueles que se aproximam muito de nossos antepassados. 

Agora, a triste vantagem deles (PARTIDO DA CORRUPÇÃO), é que eles são mais organizados e unidos, nós, partidários da moral e da ética absoluta, igualdade, da liberdade e da justiça social temos ainda muito receio de tomarmos nossos lugares, porém, ou agimos logo ou o Brasil não resistirá mais.


terça-feira, 10 de abril de 2012

" Os jovens têm sede de protagonismo"

 'Jovens devem imprimir sua marca no mundo'


por Nathália Goulart
com Marina Silva
Os jovens têm sede de protagonismo, eles querem imprimir sua marca." A avaliação é de Marina Silva, ex-candidata à presidência da República nas eleições de 2010. Marina faz parte do grupo de patronos do Prêmio Jovens Inspiradoresparceria entre a Fundação Estudar e VEJA que vai selecionar estudantes ou recém-formados com espírito de liderança e compromisso permanente com a busca da excelência. "Eu vejo esses jovens transformadores em todos os lugares a que vou." O que falta, diz Marina, são pessoas dispostas a motivar a vontade de mudança. Faltava, pois o prêmio vai fazer sua parte: os vencedores ganharão iPads, bolsas de estudo no exterior e um ano de orientação profissional com nomes de destaque do meio empresarial e político (mentoring). Confira a seguir a entrevista que Marina Silva concedeu ao site de VEJA:
Qual a importância de um prêmio que quer revelar jovens dispostos a mudar o Brasil?Os jovens não podem se deixar prender pelo que já foi feito: sempre há espaço para quem quer mudar o mundo. Um prêmio como o Jovens Inspiradores reacende a chama inovadora, transformadora, criativa e livre do jovem. A juventude tem muito tempo pela frente, e isso lhe dá energia. Ela não tem as amarras que vão nos prendendo no decorrer da vida, matando nossos sonhos. Poucas pessoas – e tenho orgulho de me colocar nessa categoria – conseguem escapar dessa malha fina que prende e apaga os sonhos mais transformadores. Eu, que me autointitulo mantenedora de utopias, fico feliz de ver que os jovens estão livres para sonhar e transformar o Brasil e o mundo.
A senhora já percorreu milhares de municípios brasileiros, em todas as regiões do país: vê esse potencial transformador nos jovens das diversas áreas do Brasil? Eu vejo esses jovens tranformadores em todos os lugares a que vou. No entanto, não vejo muitas pessoas dispostas a dar suporte a essa geração de transformadores. A minha geração, por exemplo, teve a sorte de ter muitos suportes e conseguiu importantes conquistas com isso. Hoje, olho para o mundo e me pergunto onde os jovens vão conseguir essa sustentação para concretizar seus sonhos. Fico feliz ao constatar que esses mesmos jovens são seus próprios mantenedores. Felizmente, eles têm tido força para mostrar o quão insatisfeitos estão com o mundo em que vivem.
Qual a importância da educação na vida de um jovem que quer transformar o mundo?A educação é a ferramenta mais importante para a promoção da igualdade. Vou contar uma história que ilustra isso. Tenho um amigo que é filho de uma faxineira. Em um determinado momento, ela não conseguiu matricular o filho, então uma criança, na escola pública. Sem embaraço, ela foi à escola particular mais próxima de sua casa e pediu uma bolsa de estudos para o filho. A instituição concedeu a bolsa. Graças à generosidade dessa escola, que pode parecer diminuta para alguns, meu amigo chegou ao ensino superior e hoje é um conceituado engenheiro ambiental. O acesso à educação constrói, a despeito das diferenças próprias de nossa origem, como classe social, religião ou gênero, um ambiente em que podemos ser todos iguais. O conhecimento oferece oportunidades e permite a igualdade.
Que tipo de líder o Brasil precisa hoje? O Brasil e o mundo precisam de líderes que façam da própria vida uma mensagem de mudança. Estamos sedentos por pessoas que liderem pelo exemplo, não pela teoria.
Que conselho a senhora daria aos jovens líderes que querem fazer a diferença? Sinto que o século em que vivemos vai produzir uma nova forma de engajamento, e os jovens são precursores desse processo. Eles buscam uma nova forma de se envolver com os temas que os rodeiam. Trata-se de um engajamento mais autoral, cheio de personalidade. As militâncias já não são guiadas por partidos, sindicatos ou organizações, que colocavam os indivíduos na posição de espectadores. Os jovens têm sede de protagonismo, eles querem imprimir sua marca. A minha mensagem é que esse protagonismo seja dirigido ao bem comum. Que seja motivado, sim, pelo prazer de realização pessoal, mas também pelo coletivo.

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/marina-silva-jovens-devem-imprimir-sua-marca-no-mundo

sexta-feira, 6 de abril de 2012

BANHO DE SANGUE: A ARMA DO CAPITAL

LUTA X TERROR: AS ARMAS DO CAPITAL


NESTE MÊS E NOS ULTIMOS TAMBÉM, EM GERAL NESTE ANO, OS JORNAIS ESTÃO PREENCHIDOS POR NOTÍCIAS DA MATANÇA PROMOVIDA POR RURALISTAS, USINEIROS, LATIFUNDIÁRIOS, INDUSTRIAIS, ENFIM, PELO CAPITAL.
ATIVISTAS, SERINGUEIROS, PEQUENOS PRODUTORES, GENTE DA MATA E DE TRIBOS, TRABALHADORES RURAIS, ESTÃO SENDO SISTEMATICAMENTE MASSACRADOS PELOS CORONÉIS DA ZONA RURAL BRASILEIRA.

NESTE ANO JÁ TIVEMOS CRIANÇA INDÍGENA CREMADA VIVA POR MADEREITOS, CENTENAS DE FAMÍLIAS VIOLENTADAS PELA JUSTIÇA E PELA POLÍCIA NO PINHERINHOS, MULHERES E HOMENS BALEADOS, ESPANCADOS, FAQUEADOS, ESQUARTEJADOS PELOS JAGUNÇOS DOS PODEROSOS “DONOS” DA TERRA.

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL ESTÁ AÍ PRA SERVIR À ESTES CRIMINOSOS. E SINCERAMENTE QUERO DIZER OS DEPUTADOS E SENADORES RURALISTAS DE PODEM DEFENDEREM OS INTERESSES DAQUELES QUE SUSTENTAM SUAS CAMPANHAS MILIONÁRIAS, os grandes latifundiários, os grandes capitalistas, que agora estão se tornando criminosos ambientais e assassinos, QUE PODEM DEFENDER SEUS INTERESSES CLASSISTAS, É LEGÍTIMO, CADA UM DEFENDE O QUE ACREDITA E COMPARTILHA, MAS QUE PAREM DE MATAR PESSOAS INOCENTES, TRABALHADORES DA TERRA, FILHOS DESTA TERRA E DESTE PAÍS QUE NUNCA EXPERIMENTOU UM MÍNIUMO DE IGUALDADE E JUSTIÇA SOCIAL.

NA FOLHA DE SP DE HOJE (6/4/2012) MAIS UMA NOTÍCIA REVOLTANTE DE EXTIRMINIO CRIMINOSO, UMA TRABALHADORA ASSASSINADA COM UM TIRO NA CARA POR MADEREIROS DA REGIÃO.

LUTAR POR IDEAIS E INTERESSES PUBLICOS E/OU PRIVADOS É LEGÍTIMO, MAS PERDE-SE A DIGNIDADE E O DIREITO TODA VEZ QUE USA DE ARMAS COVARDES E NOGENTAS COMO O EXTERMÍNIO DOS OPONENTES. 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A urgência da reinvenção!

 O movimento estudantil brasileiro precisa se reinventar urgentemente.

Primeiro porque os movimentos sociais no século XXI já estão se reinventando, há setores já bem avançados neste processo e a classe estudantil está à margem deste histórico de mudanças e renovação.
A principal questão, alvo de mudanças no movimento estudantil, é a partidária, ou melhor, a influencia e o aparelhamento partidário, que no Brasil já virou estatal. É uma prática já esgotada e refutada pelos estudantes.
Outra fator paralelo é o movimento pela educação, ou melhor: dos profissionais de educação que apesar de sua importância, legitimidade e profícua colaboração para a questão educacional, tem uma visão extremamente classista, restrita à militância daquilo que é de interesse dos profissionais de educação e na dos interesses da educação como um todo. Não consegue, naturalmente, compreender e representar as necessidades dos estudantes.
Ou o movimento estudantil se reinventa urgentemente e volta a compor as discussões nacionais sobre a educação, ou vamos (estudantes) perder o trem da história, nos omitirmos do processo de construção permanente e não garantir direitos específicos que devem contemplar nossas particularidades de classe estudantil.

quarta-feira, 28 de março de 2012

UM MURO A MENOS - Quando cai o discurso

O Senador Demóstenes Torres foi pego. Até aí, nada de novo, só mais um parlamentar brasileiro sendo acusado de corrupção. Isso todos são, mesmo os inocentes ( que eu quero crer que ainda existem). Mas o senador goiano, apesar de ser um DEMO era visto como um poço de virtude, a encarnação do senador ideal. Aquele que sabe pontuar as questões, equilibrar os debates, respaldar a constituição e etc...

Porém, Demóstenes foi pego falando muito com Carlinhos Cachoeira, ganhou mimos de casamento, ganhou um passeio de helicóptero de 3 mil reais. Ganhou um celular à prova de grampo...As evidencias de uma relação amigável entre ele e um dos maiores criminosos do país estão derrubando um dos muros restantes do discurso da ética congressista.

O DEM faz teatro, diz que não aceita e que vai expulsar, não quer passar recibo ao PT que abraçou os mensaleiros, sangue-sugas e etc...

Mas o fato é que a revelação de que Demóstenes não é o que perecia ser, nos abate na defesa da crença em dias melhores, prefiro o estilo peemedebista de ser, faz tudo às claras, não cria ilusões, pelo menos o baque é menor ou inexistente. O senador Torres deve ser condenado, caso se comprove as evidencias, por corrupção, mas principalmente por ilusionismo.

O país perde? Não! Não se pode perder o que nunca se teve de fato, Demóstenes Torres é só mais um, mais do mesmo.

domingo, 25 de março de 2012

A NOVA LÓGICA RURALISTA X SOBERANIA NACIONAL

No dia 3 de maio de 2011, num jornal local de Uberaba/MG, o Deputado Federal Paulo Piau expôs sua preocupação, como bom parlamentar que é, sobre o risco que o Brasil correu se tivesse feito de Marina Silva sua presidente em 2010. Disse o nobre representante do povo: “Me envergonha uma mulher desta ter tido 20% dos votos brasileiros. Fico pensando se fosse eleita presidente: perderíamos a nossa soberania nacional”. 
 ( http://www.jmonline.com.br/novo/?edAnterior)


Porém, representando, como sempre fez, os interesses da classe do grandes ruralistas e usineiros do Brasil o deputado compõe uma nova estratégia da classe, que significa, aí sim, uma enorme ameaça à soberania nacional e a ordem civil, política e jurídica brasileira.


A nova lógica ruralista consiste no seguinte mecanismo. Toda lei que visa proteger o ecossistema brasileiro, o meio ambiente e os ciclos naturais e essenciais da vida e da natureza deve ser transgredida, deve ser desrespeitada, em massa, por todo grande ruralista e/ou usineiro. Os mais desavisado poderia ligar essa estratégia à ideia da desobediência civil de Mahatma Gandhi - a diferença está nos objetivos, no juízo deles - Uma vez cometido os maiores e priores crimes contra o meio ambiente brasileiro, contra nossa flora e fauna, os representantes destes criminosos (leia-se: deputados, senadores, governadores, prefeitos, etc...) entram em cena para mudar a lei em detrimento das punições aos transgressores. 


Ou seja, passa-se, literalmente à trator, por cima da história, dos interesses nacionais e da própria legislação vigente. Mobiliza-se toda uma estrutura no sistema para atender aos desmandos e os interesses do agrocapitalismo. A soberania nacional, nosso Estado de direito, nossa constituição e nossas leis são desprezadas para que se possa atender aos interesses egoístas e ignorantes de uma meia dúzia de capitalistas esfomeados. Ainda manipula-se um discurso sedutor - típico dos liberais - de beneficiamento  da pequena e média agricultura, da agricultura familiar, já até usuram de pretextos questões extremamente delicados e caros para o povo brasileiro como o combate à fome e a questão da habitação. 


No mesmo município onde Paulo Piau atacou Marina, o prefeito que é correligionário partidário do Deputado agora empreende uma ação similar ao desastroso novo código florestal, quer eliminar a legislação local vigente para atendar aos mandos dos usineiros, da atividade canavieira.


Atentado à soberania é atropelar a opinião de 80% do povo brasileiro de que o Novo Código Florestal não deve ser aprovado. Escantear o Brasil para atender aos interesses dos ruralistas, isso sim é uma ameaça à soberania e à sobrevida brasileira. 

sábado, 24 de março de 2012

DE LUTO PELA ARTE

A morte do humorista Chico Anysio é uma notícia péssima num momento em que o humor no Brasil passa por um momento paupérrimo. 

Chico foi o mestre de toda uma geração, continua sendo das novas, mas esta última parece nunca ter assistido a um programa, ou peça do mestre do riso, sequer... 
De seus discípulos, Tom Cavalcante ainda simboliza algo de qualidade, apesar de ter caído nas teias do mercado do riso.

Pior que perder Chico Anísio, pior que vê-lo partir... é ver quem fica!

Chico encarnou o humor inteligente, com observações sociológicas, representando regionalismos, a realidade cotidiana, críticas políticas, econômicas e culturais.

Hoje o que se tem é um humor pobre, que aposta na exposição dos defeitos físicos das pessoas, um humor apelativo, forçado, sem conteúdo e que não corresponde a função humana e social das artes. 


O luto por Chico não há de ser maior do que o luto pelo humor e pela arte!

sexta-feira, 23 de março de 2012

ÁGUA QUE TE QUERO VIVA

MARINA SILVA. FOLHA DE SP. 23/032012


Ontem foi o Dia Mundial da Água, que deve ser sempre lembrado e comemorado por ser a água a base da vida.


Por esse motivo, a ONU aprovou em 2010, por expressiva maioria dos seus países-membros, a resolução 64/292, que declara a água limpa e segura e o saneamento um direito humano essencial para gozar plenamente a vida e todos os outros direitos humanos.

Tal resolução tem fortes implicações em todo o mundo e é coerente com um dos Objetivos do Milênio: "reduzir para a metade, até 2015, a proporção de população sem acesso sustentável a água potável segura e a saneamento básico". Hoje, 884 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a água potável segura e 2,6 bilhões de pessoas (40% da população mundial) não têm acesso a saneamento básico. Portanto, temos um longo caminho para colocar a resolução da ONU em prática.

No Brasil, há uma boa cobertura de distribuição de água tratada. Em relação ao saneamento, no entanto, os números são vergonhosos. Apenas 44,5% da população estão conectados a redes de esgoto -do esgoto coletado, somente 38% é tratado. Isso significa que menos de 20% da população têm acesso a esgoto tratado, o que implica no lançamento de grandes quantidades de material orgânico em nossos rios e no mar, no caso das cidades litorâneas.

Essa situação está muito bem refletida em um estudo produzido pela SOS Mata Atlântica, que avaliou a qualidade da água de 49 rios, córregos, ribeirões, represas, lagos e açudes pelo país, e classificou 25% deles como "ruim" e 75% como "regular".

Nenhum dos corpos de água avaliados recebeu a classificação "bom" ou "ótimo". As análises seguem padrões do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e foram realizadas em 11 Estados brasileiros entre janeiro de 2011 e março de 2012.

Se, por um lado, estamos contaminando os recursos hídricos e piorando a qualidade das águas, por outro, vemos serem aprovadas no Congresso Nacional mudanças no Código Florestal que podem afetar de forma irreversível a quantidade de água disponível para nosso consumo. A cobertura florestal dá uma essencial contribuição para a regulação do ciclo climático e para o regime das chuvas, além de ser fundamental para a preservação dos mananciais.

A poluição das águas provocada pela falta de coleta e de tratamento de esgoto pode ser revertida. Não é fácil, pois significa dobrar o volume de investimentos que vêm sendo feitos em coleta e tratamento de esgoto. Mas é ainda mais difícil recompor a cobertura florestal que podemos perder nas margens de rios e lagos e no entorno de mananciais. Seria como destruir as estações de tratamento já construídas.

sexta-feira, 16 de março de 2012




 Onde o povo está

No início desta semana, enquanto o noticiário político mostrava
que tudo muda para permanecer igual, uma reportagem do 
cotidiano na metrópole comoveu a todos: o drama de nove
crianças -entre elas, bebês- encontradas sozinhas, famintas, 
em um apartamento bem precário no centro de São Paulo. 


A primeira descrição, apressada, foi de que a mãe tinha
 deixado as crianças para beber em um local próximo.


Dias depois, com a interferência de assistentes sociais, 
informou-se que ela tinha saído para fazer um "bico", 
e que por isso deixou os filhos no apartamento de 
outra pessoa. Mas a comoção não foi menor. 
A fome não era por abandono, mas por a mãe 
não ter dinheiro. Muitas questões são levantadas nesses 
casos: falta de planejamento familiar, o abandono 
das famílias pelos pais e até mesmo a violência contra mulheres e crianças.



Mas chamo a atenção para outro ponto: famílias chefiadas 
por mães em situação grave de pobreza ainda não são 
alcançadas pelos programas sociais. De 1993 a 2008, 
o número de pessoas vivendo em condições de extrema 
pobreza diminuiu em mais de 50%, mas as que vivem 
em famílias chefiadas por mulheres quase não participaram 
dessa mudança: passaram de 5,5, em 1993, para 
5,2 milhões em 2008, segundo levantamento coordenado 
pelo saudoso economista André Urani. Redução quase 
imperceptível. Muitos chamam o fenômeno de feminização 
da pobreza.



Tal caso mostra uma difícil realidade. Segundo a imprensa, 
após devolver as crianças para sua mãe, a primeira 
providência da assistência social foi inscrevê-las no 
Bolsa Família. Ou seja, mesmo após mais de dez anos 
de programas de transferência de renda -se considerarmos 
os primeiros programas implantados-, vemos uma mãe nessa 
situação não ter acesso ou não ter sido encaminhada para 
um programa de apoio familiar.



Em 2010, na elaboração de programa de governo, 
propusemos a "terceira geração de programas sociais" 
-ampliar e integrar os programas de erradicação da 
pobreza, pensando numa Rede de Agentes de Desenvolvimento 
Familiar que tomasse a iniciativa de ir, como diz a canção, "onde o povo está". 
No caso dessa mãe, o trabalho consistiria, num primeiro 
momento, em tirar a família da condição de pobreza extrema 
para depois ajudá-la a planejar seu desenvolvimento, 
auxiliando-a a ter acesso aos serviços públicos e a treinamento, 
educação e trabalho.Famílias como a que foi citada têm prioridade 
nas creches de que tanto precisam?



O triste é ver que a indigência social no Brasil permanece 
submetida à opulência política nos destaques do noticiário 
-o que revela como tudo muda para permanecer igual.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Criações de "Luis Inácio"

A presidente Dilma Roussef enfrenta um verdadeiro tormento diante da relação do planalto com o congresso.
Tem-se dito que a culpa maior é dela, por não saber lidar com estas "coisas", que são normais e fazem parte do jogo político democrático. Como se o fisiologismo instalado no Planalto por Lula fosse algo extramamente natural, uma verdade eterna, e democrático!

O fato é que desde que assumiu a herança lulista, Dilma tem sofrido as consequencias de um governo que se pautou, durante 8 anos, pelo populismo, assistencialismo imediatista e ao serviço aos grandes capitalistas e seus representantes (leia-se congressistas). Que cometeu o sacrilégio de convergir o partido com o governo, pior... com o Estado! Dilma assumiu uma turma nomeada a dedos por Lula, teve que engolí-los por pouco tempo, a rasteira da verdade sobre a bandidagem tratou de limpar seu governo. Dilma então colocou-se no seu lugar, de Presidente da República, claro que ainda (mal) influenciada por Lula, mas a Dama de ferro coloca para sua bancada aliada seus princípios: tecnocratismo e novas caras.

Mas sua receita não agrada àqueles que se acostumaram por 8 anos receber mimos e agrados (inclusive o mensalão) do ex-presidente Lula. Os partidos aliados acostumaram-se ao domínio feudalista dos (seus)ministérios. Lula havia sido um pai, para o congressistas e partidos, Dilma haveria de ser a mãe... engano, Dilma é a madrasta dos fisiologistas, mas deve devoção ao mestre, criador de tudo isso.

O lulopetismo levou o Brasil a uma euforia ilusória, crescemos menos da metade dos vizinhos. Viva a inércia! Mas Dilma é amante dos numeros, quer mais, e sabe que precisa trocar a receita.

Dilma era realmente a melhor pessoa que Lula podia ter indicado: alguém que não era tão caro a ele, e que portanto pode estar neste mar de piranhas por ele criado, Dilma não é petista de carterinha, nem de origem. O PT nunca foi de esquerda, Dilma foi extremista.

O PR quer o que Lula sempre deu e prometeu que Dilma daria, nada de projeto para o Brasil, o PR quer a fatia neste gordo bolo de benéces e poder. À César o que é de César. São crias do lulopetismo. Hoje eu sei porque Lula sansionou a Lei contra palmada!  

sexta-feira, 9 de março de 2012

UM NOVO COMEÇO

Por Marina Silva,


"Dois dias antes do Dia Internacional da Mulher -que, no Brasil, temos a honra de celebrar com a chegada da primeira mulher ao mais alto posto da República-, foi lançado o manifesto "Retrocessos do governo Dilma na agenda socioambiental" (íntegra no site  http://www.minhamarina.org.br/home/home.php  ), elaborado por várias entidades. 
Ao analisar as medidas que o governo adotou nesse período, chegamos à conclusão de que vivemos o processo mais intenso de desconstrução das políticas ambientais.

Os temores de que a presidente Dilma pudesse sacrificar a preservação do ambiente em função de uma perspectiva desenvolvimentista à moda dos anos 1970 parecem concretizar-se. 
O documento salienta que, ao contrário do anúncio de que a presidente aprofundaria as boas políticas sociais do governo anterior na área socioambiental, o que ocorre é a total descontinuidade, contrariando o processo histórico.


A flexibilização da legislação, cujo maior exemplo é a negociação para a aprovação de um Código Florestal indigno desse nome, e a lei que reduziu o poder de fiscalização do Ibama são os casos mais graves. Cita também a interrupção dos processos de criação de unidades de conservação, chegando à inédita redução de várias dessas áreas na Amazônia (86 mil hectares em sete UCs federais) por medida provisória. Cita ainda o congelamento no reconhecimento de terras indígenas e quilombolas, enquanto os órgãos públicos aceleram o licenciamento de obras com problemas ambientais e sociais -o caminho oposto ao do desenvolvimento com sustentabilidade.

Tudo isso representa uma perda enorme para o país. Felizmente, claro, não é o fim da história. Apesar da freada brusca que pode nos tirar definitivamente do foco da visão estratégica de nos tornarmos uma economia de baixo carbono, justo no ano da Rio+20, e do atalho perigoso para o futuro do Brasil, a presidente ainda pode dispor-se a construir um novo caminho e, por que não, um novo começo
As entidades repetem o que foi feito nos governos anteriores: apontam os problemas com a disposição de quem se alista para encontrar soluções, sem o ranço destrutivo da oposição pela oposição -que só consegue ver os erros, mesmo onde há virtudes- e sem a complacência servil da situação pela situação -que só vê virtudes mesmo onde os erros saltam à vista.

Resta saber se a presidente se disporá a nutrir e orientar os feitos de seu governo levando em conta também aqueles que não se deixam reduzir ao único lugar que a visão estagnada do poder pelo poder reserva ao fazer político no Brasil, que é o de ser oposição ou situação -e considere as valiosas contribuições dos que se dispõem a assumir posição."

domingo, 4 de março de 2012

Lágrimas e lágrimas


Os últimos dias foram marcados por lágrimas.
Poderia muito bem estar falando das vítimas da ditadura síria,
ou da jovem que morreu no Hopi Hare. Mas não... Quero aqui destacar
duas cenas polarizadas de choro. 

Nesta sexta-feira, dia 2 de março de 2012, ao dar posse ao novo Ministro da Pesca ( Senador Crivela/RJ) a presidente Dilma chorou ao pedir desculpas ao "companheiro" Luiz Sérgio por mais uma demissão (duas) em menos de um ano. 
O choro de Dilma é uma incógnita, aliás Dilma (para mim) é uma incógnita. Talvez a presidente tenha chorado, num ato de desabafo, por mais uma vez ter de ceder ao pragmatismo do lulo-petismo em detrimento do tecnocratismo por ela defendido e sonhado. Dilma se viu "obrigada" à nomear um agente político para esfriar os ânimos alterados entre evangélicos e o seu governo. E ainda de quebra tentar desbancar a candidatura de Celso Russomano, que é do PRB, o mesmo partido do novo ministro, à prefeitura de São Paulo para apoiar o candidato petista Fernando Haddad. As duas finalidades são tristes. Primeiro que não dá pra aceitar que o governo barganhe um cargo do mais alto escalão da administração pública brasileira para atender à demandas de uma comunidade religiosa, até quando religião e Estado se confundirão no Brasil? Por outro lado é nojento ver o governo usando a maquina pública numa negociação politiqueira e eleitoral. Mas as lágrimas de Dilma podem sinalizar sua tristeza ao ter de se desfazer de um "amigo" para atender a pressão da base de sustentação de seu próprio governo. As lágrimas da presidente podem ser um sinal de protesto ao pragmatismo instalado por Lula no Planalto e que agora assola o governo federal e a política brasileira. 

Hoje, outras lágrimas comovem os brasileiros, ainda apaixonados por este país e crentes num futuro digno para o povo brasileiro. Estou meu referindo ao choro do Cacique Raoni ao saber que a presidente Dilma havia dado permissão para as obras da Usina Belo Monte. 
O choro do Cacique é o choro do Brasil, da Amazônia, do Pantanal, da nossa mãe natureza. É o choro da terra e da Terra! 
As lágrimas da presidente, pelo visto, secaram rápido e ela se colocou, mais uma vez, à disposição da lógica pragmática e capitalista fortalecida por seu padrinho e replicada por suas mãos. 
Chora a história politica do planeta, que mais uma vez, vê o sonho de uma ideia igualitária, justa e de liberdade ser adiado. 
No choro do Cacique Raoni está expresso o sentimento nacional, cujos efeitos parecem não transpor a blindagem egoísta, ignorante e gananciosa  de nossa comunidade política. 

Mas a mãe natureza cobra. E o preço, caro, também estamos fartos de pagar!
ACREDITAR E INVESTIR NO JOVEM , REPENSANDO O PÁIS QUE TEMOS E AJUDANDO A CRIAR O BRASIL QUE QUEREMOS. SÓ O JOVEM PODE MUDAR O BRASIL. MAS VOCÊ TAMBÉM PODE AJUDAR. MUDAR, RENOVAR, FAZ PARTE DA DEMOCRACIA!!!













OUTRA SOCIEDADE É POSSIVEL!

FABRÍCIO ARAÚJO, ALUNO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO

QUEM MANDOU MATAR CELSO DANIEL?

QUEM MANDOU MATAR CELSO DANIEL?

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