FALA... BRÍCIO!!!!!

Fabrício Araújo: 24 anos, graduando em Serviço Social pela UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO.


" ...TEM ALGUEM LEVANDO LUCRO, TEM ALGUEM COLHENDO FRUTO, SEM SABER O QUE É PLANTAR... TÁ FALTANDO CONSCIENCIA, TÁ SOBRANDO PACIÊNCIA, TÁ FALTANDO ALGUEM GRITAR. "

sexta-feira, 16 de março de 2012




 Onde o povo está

No início desta semana, enquanto o noticiário político mostrava
que tudo muda para permanecer igual, uma reportagem do 
cotidiano na metrópole comoveu a todos: o drama de nove
crianças -entre elas, bebês- encontradas sozinhas, famintas, 
em um apartamento bem precário no centro de São Paulo. 


A primeira descrição, apressada, foi de que a mãe tinha
 deixado as crianças para beber em um local próximo.


Dias depois, com a interferência de assistentes sociais, 
informou-se que ela tinha saído para fazer um "bico", 
e que por isso deixou os filhos no apartamento de 
outra pessoa. Mas a comoção não foi menor. 
A fome não era por abandono, mas por a mãe 
não ter dinheiro. Muitas questões são levantadas nesses 
casos: falta de planejamento familiar, o abandono 
das famílias pelos pais e até mesmo a violência contra mulheres e crianças.



Mas chamo a atenção para outro ponto: famílias chefiadas 
por mães em situação grave de pobreza ainda não são 
alcançadas pelos programas sociais. De 1993 a 2008, 
o número de pessoas vivendo em condições de extrema 
pobreza diminuiu em mais de 50%, mas as que vivem 
em famílias chefiadas por mulheres quase não participaram 
dessa mudança: passaram de 5,5, em 1993, para 
5,2 milhões em 2008, segundo levantamento coordenado 
pelo saudoso economista André Urani. Redução quase 
imperceptível. Muitos chamam o fenômeno de feminização 
da pobreza.



Tal caso mostra uma difícil realidade. Segundo a imprensa, 
após devolver as crianças para sua mãe, a primeira 
providência da assistência social foi inscrevê-las no 
Bolsa Família. Ou seja, mesmo após mais de dez anos 
de programas de transferência de renda -se considerarmos 
os primeiros programas implantados-, vemos uma mãe nessa 
situação não ter acesso ou não ter sido encaminhada para 
um programa de apoio familiar.



Em 2010, na elaboração de programa de governo, 
propusemos a "terceira geração de programas sociais" 
-ampliar e integrar os programas de erradicação da 
pobreza, pensando numa Rede de Agentes de Desenvolvimento 
Familiar que tomasse a iniciativa de ir, como diz a canção, "onde o povo está". 
No caso dessa mãe, o trabalho consistiria, num primeiro 
momento, em tirar a família da condição de pobreza extrema 
para depois ajudá-la a planejar seu desenvolvimento, 
auxiliando-a a ter acesso aos serviços públicos e a treinamento, 
educação e trabalho.Famílias como a que foi citada têm prioridade 
nas creches de que tanto precisam?



O triste é ver que a indigência social no Brasil permanece 
submetida à opulência política nos destaques do noticiário 
-o que revela como tudo muda para permanecer igual.

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OUTRA SOCIEDADE É POSSIVEL!

FABRÍCIO ARAÚJO, ALUNO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO

QUEM MANDOU MATAR CELSO DANIEL?

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