Este foi o motivo pelo qual foi criada em 1993 a CPMF, o famoso imposto do cheque, "criada com a finalidade de custear a saúde pública, [...] incide sobre a movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira" (Sérgio Veríssimo de Oliveira Filho).
No entanto duas constatações políticas forão decisivas para o fim do imposto e a rejeição popular sobre a ideia de mais um imposto para custear a saúde.
A primeira foi feita pelo então ministro da saúde, pai da CPMF Adib Jatene, que expos no programa Canal Livre da Band o tamanho do rombo nos cofres da saúde publica causado pela corrupção.
O médico e ex-ministro falava de uma corrupção pra além da comunidade política, relatou numeros escabrosos da corrupção nas unidades de saúde, efetivadas pelos gestores e por profissionais da área. A Folha de São Paulo deste domingo, 4 de setembro, informa os numeros da corrupção com verbas federais, o montante acumula 6 bilhões anuais.
Outra constatação, nem por isso desvinculada da corrupção, foi o que levou o imposto do cheque ao seu fim, má gestão de recurso público. O dinheiro arrecadado via CPMF não chegava à saúde dos brasileiros. Não que nossos gestores sejam incopetentes ou incapazes, é simplesmente o jogo do sistema onde o governo sucateia os serviços públicos, abrindo assim um vasto campo de atuação para os empresários da iniciativa privada, (os financiadores de campanhas).
Agora discute-se a volta da CPMF de forma disfarçada, criarão um novo imposto? Elevarão os valores dos já existentes? Isso eu não sei, o que eu sei é que a torneira da corrupção vai continuar jorrando larga e fortemente, o governo vai continuar com o sucateamento da saúde pública em favor do capital privado e que a saúde do trabalhador brasiliero vai continuar dependendo dos farelos e migalhas às vezes jogadas, esquecídas por aí!
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